Caras e Caros Colegas,

 

Após a reunião do Conselho Consultivo, realizado no passado sábado, dia 5 de setembro e atendendo à necessidade de esclarecer o que temos para decidir, no âmbito do ponto 4 da Ordem de Trabalhos das próximas Assembleias Geral e Regionais da ASSP - "Deliberação sobre a alienação do prédio urbano em propriedade total sito na Rua D. Dinis n.º 4, em Lisboa, descrito na Conservatória de Registo Predial de Lisboa, sob o n.º 1173, na matriz predial urbana sob o artigo 1561, da freguesia de Campo de Ourique, concelho de Lisboa" -, prestamos a seguinte informação: 

nessas Assembleias, a DN apresentará a Proposta que anexamos, na qual pedimos autorização para iniciar o processo de consulta, que nos permita reunir um conjunto de informações indispensáveis à ponderação sobre a possível alienação do prédio urbano acima identificado, tendo em vista a criação de condições para garantirmos a sustentabilidade e a perenidade da nossa Associação no presente e no futuro.

Não estará em causa decidir agora a venda deste património nestas Assembleias de Associados, mas sim o pedido de autorização que nesta oportunidade lhes dirigimos.

A informação a recolher será dada a conhecer aos Associados antes de outras Assembleias Regionais e Geral, que se debruçarão de novo sobre este tema, para uma tomada de deliberação sobre esta matéria, que decidirá ou não a venda do prédio conhecido entre nós como "Casa Albarraque Costa".

 

Quando uma DN decide propor o que nenhum de nós desejava que sucedesse, é porque concluiu que a atual situação faz perigar o futuro da existência da ASSP, tal como a conhecemos e para que foi criada há quase 40 anos.

A acumulação da situação deficitária do conjunto das nossas Residências, ao longo de anos, em valores que ascenderam por vezes a mais de €200.000/ano, o forte endividamento de médio e longo prazo que em 2016, era, aproximadamente, €3.500.000, a que correspondia um serviço da dívida anual de montante muito próximo do valor da quotização, o facto da quase totalidade dos Projetos desenvolvidos em vários locais serem deficitários, entre outros aspetos menos significativos, foram determinantes para se chegar à atual situação.

Nos últimos pouco mais de quatro anos conseguiu-se reduzir a dívida de médio e longo prazo em cerca de €2.000.000, bem como o correspondente serviço da dívida.

Mesmo perante este cenário mais otimista, não se vislumbra forma de resolver a atual situação.

O recurso a mais crédito de médio e longo prazo, para proporcionar a desejada solvabilidade de curto prazo da Associação, muito difícil de conseguir junto da banca, devido aos resultados líquidos decrescentes dos Relatórios Contas nos últimos anos, (o de 2020 poderá até ser pior dado o significativo aumento da despesas nas Residências, devido à pandemia que nos atingiu), poderia aparentemente fazê-lo no imediato, mas a curto prazo apenas agravaria a atual situação em que ela se encontra, colocando em risco a vida da ASSP.

O acréscimo de despesa nas Residências, devido à pandemia, ainda não se pode prever, como sabemos, mas não poderemos deixar de o assumir, para continuarmos a prestar aos Residentes as condições sanitárias a que estão habituados, o conforto e todo o apoio de que necessitem, para que o seu bem-estar esteja sempre assegurado. A propósito, é com imenso gosto que informamos que até à data não tivemos  casos de infeção pelo covid-19.

 

Creiam Colegas, que nunca vos proporíamos o pedido de autorização para dar início ao processo de consulta descrito, se a situação da ASSP não o justificasse em absoluto. Ao fazê-lo, estamos precisamente a dar seguimento à metodologia que nos foi proposta pelo nosso colega ex-Presidente da Mesa da Assembleia Regional de Lisboa no Conselho Consultivo de junho, último a que assistiu.

Algo de muito forte terá que ser feito, que permita liquidar as dívidas à banca e investir num desenvolvimento da Associação que assegure o seu futuro, o que passa também por conseguir o crescimento, tão rápido quanto possível, do número de associados no ativo, nos Ensinos Básico e Secundário e na Educação Pré-Escolar, nas Escolas Profissionais, no Politécnico e no Universitário, público e privado, onde se encontram os Professores mais jovens.

 

Anexamos a Proposta que a DN apresentará para debate e decisão nas Assembleias de 24 e 26 de setembro, além de um Esclarecimento Adicional que já vos foi enviado no passado mês de junho.

 

Cordiais saudações solidárias,

Lisboa, 7 de setembro 2020

 

Direção Nacional

 

Anexo 1 - Proposta de Alienção de Património

 

Anexo 2 - Informação Adicional Casa Albarraque Costa